Nesta quinta-feira (27), é celebrado o Dia Internacional da Conscientização sobre a Escoliose Idiopática. A escoliose idiopática não tem cura e muitas vezes é silenciosa e progressiva, mas há diversas formas de tratamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a escoliose afeta mais de 6 milhões de brasileiros. A condição pode ser causada por diversos fatores, mas 85% dos casos não têm causa exata, estando geralmente associada a fatores genéticos, hormonais e à própria estrutura do organismo.
De acordo com o Dr. Lourimar Tolêdo, ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), os tratamentos mais comuns visam corrigir os desvios e controlar a dor, proporcionando uma qualidade de vida satisfatória para os pacientes e interrompendo a progressão da deformidade. “Dentre os tratamentos mais utilizados, estão as atividades físicas supervisionadas por um profissional, o uso de coletes – indicado dependendo do grau da curvatura, da idade e do estado de maturidade esquelética do paciente – fisioterapia e, nos casos mais graves, a cirurgia para corrigir a deformidade e promover a realinhamento da coluna”, explica o médico.
O Mês de Conscientização sobre a Escoliose, conhecido como Junho Verde, é uma oportunidade para destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, assegurando que mais pessoas possam viver sem as limitações impostas por essa condição.
Sobre a escoliose
Existem três tipos mais comuns de escoliose:
- Congênita: indica que o paciente nasceu com a curvatura da coluna e é causada por uma falha das vértebras em formar-se ou separar-se individualmente.
- Neuromuscular: é causada por distúrbios que incluem paralisia cerebral; distrofia muscular de Duchenne, que é uma doença neuromuscular caracterizada por fraqueza e perda de massa muscular progressiva; e mielomeningocele, uma malformação congênita em que uma parte da medula espinhal do bebê fica exposta.
- Idiopática: recebe esse nome por ter causa desconhecida. É a mais comum e está dividida em três categorias de idade, com base na apresentação inicial da curvatura da coluna: infantil (até 2 anos de idade), juvenil (entre 3 e 10 anos) e do adolescente (entre 11 e 17 anos).
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica, com o paciente de frente, de costas e de perfil. Exames como o de raio-X identificam desvios no alinhamento da coluna vertebral, calculam o grau das curvaturas e mostram eventuais alterações ósseas.
Para pacientes com Escoliose Idiopática do Adolescente, curvas abaixo de 20º são observadas e aquelas entre 20º e 40º, uma órtese é recomendada. A cirurgia é indicada para corrigir curvas maiores que 40º a 50º, com intuito de impedir o agravamento de uma curva num esqueleto imaturo e corrigir a deformidade da coluna vertebral.