Avó de primeira viagem vai comemorar o Dia dos Avós depois de uma cirurgia de risco

Rosa Marina, avó de Amanda, de três meses, se recupera de uma cirurgia na coluna e celebra ao lado da neta o primeiro Dia dos Avós

 

Quando uma criança chega à família, não são apenas os pais que se transformam. Os avós também vivenciam uma experiência única que desperta tanto novos sentimentos quanto antigas memórias. A  avó da pequena Amanda de três meses, Rosa Marina, estava com dores muito fortes na região da coluna, o que poderia comprometer a vivência dela ao lado da sua primeira neta. 

A recém-avó conta que tinha muitos medos: “uma das minhas maiores preocupações foi a de não conseguir andar. Saí da região onde resido, em Domingos Martins, e fui até alguns médicos especialistas em coluna na Grande Vitória, onde todos me disseram que eu precisaria fazer uma cirurgia. Como não era algo que me deixava tranquila, eu fui prolongando essa decisão”, disse.

Durante anos, ela tentou um tratamento clínico que acabasse com suas dores com diversos profissionais. Rosa fez o uso de diversos tipos de medicamentos, reabilitação física, infiltrações, bloqueios na coluna (adminstração de corticóides e anestésico nos locais acometidos pela doença) e rizotomia facetária lombar por radiofrequência (técnica minimamente invasiva que busca desativar os nervos sensitivos que são responsáveis por levar a informação da dor). Mesmo com o tratamento bem indicado e realizado, ela não obteve melhora dos sintomas apresentados.

O médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), doutor Lourimar Tolêdo, disse que o caso de sua paciente era preocupante: “Ela foi diagnosticada com osteoartrite ou artose, com uma evolução mais grave da doença, aonde o desgaste reduziu o espaço entre as vértebras, causando uma perda da curvatura da coluna lombar, escoliose degenerativa e compressão das raízes nervosas durante o trajeto dentro da coluna. Este  conjunto de lesões causou deformidade da coluna, dor incapacitante com limitação dos movimentos, perda da força nas pernas, dificuldade para andar e incapacidade física para realizar suas atividades cotidianas”, afirmou. 

 

Dr. Lourimar Tolêdo – Médico Ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC)

Embora tivesse algumas apreensões quanto ao procedimento cirúrgico, a avó da Amanda viu que ele era necessário poder presenciar o nascimento de sua neta e ajudar sua filha nos cuidados nesta nova fase:  “Confesso que a decisão de operar com o doutor Lourimar Tolêdo eu não tive com nenhum outro médico. Ele me deixou 100% segura. Em nenhum momento me senti mal. No dia da cirurgia, fiquei muito tranquila. A equipe me passou muita segurança e eu me senti no céu”, contou.

Atualmente, Rosa passa uma temporada de recuperação na casa de sua filha, em Vitória, voltando às atividades e compartilhando seus dias ao lado de seu mais novo xódo: “Hoje eu faço coisas que não fazia antes. Tinha mais ou menos três anos que eu não ia ao shopping. Agora, já posso passear e andar no calçadão com minha neta. Estou muito alegre em poder vê-la crescer e poder passar o nosso primeiro Dia dos Avós ao lado dela com muita saúde e disposição. Me sinto a avó mais feliz do mundo – e a equipe do doutor Lourimar faz parte da minha alegria”, concluiu.

Rosa Marina no batizado de sua neta Amanda

Sobre a doença

A osteoartrite ou artrose é uma doença que causa dor nas articulações e é decorrente do desgaste da cartilagem e de outras estruturas articulares, como os ossos, tendões, ligamentos e sinóvia (membrana que reveste internamente as articulações). Os sintomas mais comuns são dor, fraqueza ou dormência nas articulações das mãos, do pescoço, da região lombar, dos joelhos e dos quadris. 

 

Sobre a cirurgia minimamente invasiva

A cirurgia é recomendada quando a osteoartrite contribui para a instabilidade da coluna vertebral ou se estiver afetando a medula e os nervos espinhais. Na intervenção, é feita a descompressão neurológica da medula e dos nervos afetados com fusão das vértebras envolvidas (artrodese).

Por meio de técnicas minimamente invasivas, onde os músculos e as estruturas anatômicas saudáveis são protegidos, é possível tratar apenas nas partes acometidas pela doença. Os discos e ossos doentes são retirados pinças especiais e substituidos por dispositivos através de acesso pela frente e lateral da região abdominal, que permitem a correção das deformidades (escoliose e restauração da lordose lombar) e a descompressão dos nervos atingidos pela alterações da doença.