Quando o assunto é dores nas costas, um fator muitas vezes negligenciado é o tamanho dos seios, especialmente entre mulheres. A presença de seios grandes pode desencadear uma série de desconfortos, incluindo lombalgia, desvio postural e até mesmo hérnia de disco. Em uma recente conversa no BBB 24, a ex-participante Raquele Cardozo compartilhou sua luta pessoal com dores na coluna, destacando as dificuldades enfrentadas, incluindo a limitação na escolha de roupas devido ao tamanho de seus seios:
“Quem tem seios grandes sabe que pesa. Sempre foi meu desejo reduzir os seios porque eles são grandes e, às vezes, me atrapalham. Sinto muitas dores nas costas. Não é estética, eu realmente preciso”, contou a ex-BBB capixaba.
O médico ortopedista, membro da Sociedade Brasileira de Coluna, Lourimar Tolêdo, o peso dos seios pode ter um impacto significativo na postura e na saúde da coluna: “Seios grandes podem alterar o centro de gravidade de uma mulher, levando a uma postura inadequada e resultando em dor crônica, especialmente na parte inferior das costas”, explica.
Uma das principais preocupações é a lordose, um arqueamento excessivo da coluna lombar, que pode surgir como uma tentativa do corpo de compensar o peso adicional à frente. Além disso, a tensão nos músculos e ligamentos da parte superior das costas e do pescoço causada pelo peso extra dos seios pode contribuir para o desconforto e a dor.
Para lidar com essa questão, o Dr. Lourimar Tolêdo destaca a importância de usar aliados para evitar a dor: “o uso de sutiãs de suporte adequado e a prática de exercícios de fortalecimento para as costas, os ombros e o abdômen, é muito importante para melhorar a postura e reduzir a dor. Em casos mais graves e persistentes, a cirurgia de redução de mama pode ser considerada como uma opção para aliviar a dor nas costas”, afirmou.
No entanto, o médico afirma que é fundamental consultar um médico especialista em coluna para determinar a causa exata da dor e receber um plano de tratamento adequado. “É o ortopedista especializado em coluna quem pode avaliar a situação individualmente e recomendar qual abordagem utilizar para acabar com o incômodo e trazer mais qualidade de vida à paciente”, conclui o Dr. Lourimar Tolêdo.