Saltar em águas rasas pode causar acidentes graves e levar à incapacidade motora
No calor, é comum as pessoas aproveitarem o sol para reunir os amigos na praia, em rios e piscinas e lagoas. Porém, essa atividade, que parece simples, pode causar danos graves, se não houver cuidado.
A hora do mergulho requer grande atenção, alerta o ortopedista Lourimar Tolêdo. Ele explica que, se o salto for feito de uma altura grande e, ao cair na água, o indivíduo não encontrar espaço suficiente para mergulhar, há forte probabilidade de ele chocar a cabeça contra o fundo ou contra alguma barreira inesperada. O risco é o mesmo, independentemente do local, alerta o médico, membro da Sociedade Brasileira de Coluna.
“Com o impacto, o pescoço é dobrado, mas o resto do corpo continua a se mexer, provocando a fratura de uma ou de mais vértebras, que comprimem a medula espinhal. Isso pode causar a perda total ou parcial da sensibilidade e dos movimentos dos braços e das pernas. Tudo de maneira muito rápida”, explica.
Jovens
Segundo o ortopedista, crianças e jovens de até 30 anos de idade são mais suscetíveis a esse tipo de trauma. “O melhor é entrar na água andando para conhecer o local antes de mergulhar, e respeitar as placas de sinalização, se houver. Assim, reduz-se a probabilidade de ser surpreendido por pedras, bancos de areia ou até mesmo por baixa profundidade”, afirma o médico.
Lourimar Tolêdo separou seis dicas para prevenir que o problema aconteça. Confira:
Seis dicas para se prevenir
– Entre na água andando antes de mergulhar, para conhecer a profundidade e se há pedras, bancos de areia e outros perigos no fundo;
– Respeite as placas informativas;
– Evite brincadeiras com empurrões para dentro da água;
– Dê preferência às águas cuja profundidade tenha, no mínimo, o dobro da sua altura;
– Proteja a cabeça mergulhando com os braços estendidos ou o faça de pé;
– Não ingira álcool ou outras drogas antes de nadar.